Ao ouvir as apresentações do Orçamento do Estado português para 2012, inicialmente pelo primeiro ministro e hoje pelo ministro das finanças, fico com a convicção que o documento constitui um acto de fé; leap of faith, para usar a expressão atribuída a Kierkegaard.
O paradoxo que envolve austeridade e crescimento é uma impossibilidade em termos matemáticos. Quer isto dizer que os modelos económicos não conseguem simular ou prever os efeitos da imposição da primeira sobre a evolução do segundo. Estamos portanto no campo da fé e da crença e não no domínio da política no seu sentido mais abrangente. Independentemente do posicionamento partidário, só acredita quem quer, ou quem pode.
Fotografia de Peter Leibing (1961)
Sem comentários:
Enviar um comentário