Singularidade

Este foi o termo utilizado à alguns dias atrás por Viriato Soromenho-Marques para caracterizar o que seria o colapso do euro – uma singularidade. O termo foi utilizado num contexto específico: o da astrofísica. Significa um ponto no espaço-tempo em que a densidade (associada à pressão e temperatura) se torna infinita e onde as leis da física que regem/explicam o comportamento do universo são ultrapassadas. Configura portanto um ponto/momento de desconhecimento acerca do comportamento das coisas; uma passagem para o “outro lado” do universo. A analogia com a crise do euro acentua principalmente a questão da incerteza e imprevisibilidade acerca do “dia seguinte”: o comportamento da economia global perante o desaparecimento de uma moeda regional.

Embora do domínio do simbólico, não deixa de ser interessante o recurso a um conceito da linguagem do universo para perspectivar o fim do euro. Também não ajuda o facto dos cientistas admitirem que a cada singularidade corresponde um buraco negro, ou vice-versa.

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