Parece cada vez mais consensual que a crise da dívida dos estados periféricos do Euro não é resolúvel através de mecanismos de austeridade. O "crescimento" está de volta ao discurso económico e à dialéctica política europeia.
Infelizmente que para Portugal, Grécia e provavelmente Irlanda, esta mudança de abordagem chega tarde. O caminho foi definido pelas "troikas" e está a ser trilhado pelos respectivos governos, com maior ou menor afinco, consoante a agenda política. Em Portugal o governo esmera-se pelo rigoroso cumprimento do acordo de assistência financeira. A recessão instalou-se e o crescimento, na prática, não faz parte da equação.
Segundo muitos economistas, a restruturação da dívida portuguesa ou um novo "resgate" financeiro são cenários prováveis. Ontem em Davos, Kenneth Rogoff, economista da Universidade de Harvard e estudioso das crises financeiras, dá como certa a necessidade de restruturação das dívidas grega e portuguesa e, como prováveis, a irlandesa e espanhola.
Adverte porém para a impossibilidade política dos ajustes necessários poderem ser executados em democracia. Em entrevista ao WSJ diz Rogoff: You can’t just ask the peripheral countries to just suck it up and then pay because they are being asked to do things politically that have just never been done,” he said. “We looked at the case of Romania, where [former dictator Nicolae] Ceausescu became fixated on repaying the debt. They did it, but no one could have heat during the winter. The people were miserable. It’s simply not sustainable in a democracy.
Não vale a pena iludir. Vai ser necessário mais dinheiro e mais ajuda dos nossos parceiros da UE e do FMI.
Infelizmente que para Portugal, Grécia e provavelmente Irlanda, esta mudança de abordagem chega tarde. O caminho foi definido pelas "troikas" e está a ser trilhado pelos respectivos governos, com maior ou menor afinco, consoante a agenda política. Em Portugal o governo esmera-se pelo rigoroso cumprimento do acordo de assistência financeira. A recessão instalou-se e o crescimento, na prática, não faz parte da equação.
Segundo muitos economistas, a restruturação da dívida portuguesa ou um novo "resgate" financeiro são cenários prováveis. Ontem em Davos, Kenneth Rogoff, economista da Universidade de Harvard e estudioso das crises financeiras, dá como certa a necessidade de restruturação das dívidas grega e portuguesa e, como prováveis, a irlandesa e espanhola.
Adverte porém para a impossibilidade política dos ajustes necessários poderem ser executados em democracia. Em entrevista ao WSJ diz Rogoff: You can’t just ask the peripheral countries to just suck it up and then pay because they are being asked to do things politically that have just never been done,” he said. “We looked at the case of Romania, where [former dictator Nicolae] Ceausescu became fixated on repaying the debt. They did it, but no one could have heat during the winter. The people were miserable. It’s simply not sustainable in a democracy.
Não vale a pena iludir. Vai ser necessário mais dinheiro e mais ajuda dos nossos parceiros da UE e do FMI.
não vale a pena iludir, todo o dinheiro do mundo não vai ser suficente enquanto tudo o que fizermos for pagar mais dívida, com mais juros e juros mais altos.
ResponderEliminartodo o dinheiro do mundo não chegará se continuarmos a ter recessão para poder pagar a dívida.
sim, o ceasesco conseguiu pagar mas não foi só sem aquecimento que os romenos ficaram, foi sem comida e medicamentos também. para além disso, todos sabemos como ele acabou.
é verdade Clara. enquanto não houver crescimento não vamos comseguir pagar a dívida. algo vai ter de mudar. mas infelizmente temos de esperar pela europa...
Eliminarem face disto acho que a única coisa que há a fazer é sair da UE. provámos ao Jean Monnet que não dá por isso, siga.
Eliminaros alemães são como elefantes numa loja de vidros....agora vão andar um mês a "corrigir o tiro": que não era bem isso que queriam dizer,...que só querem ajudar, etc.
ResponderEliminaro facto é que é isso exactamente o que desejam fazer. a criação de protectorados germanicos é recorrente na história recente: Boêmia e Morávia datam de 1939. a tentação alemã pelo "domínio" é uma constante ao longo do século XX. pelos vistos continua nos nossos dias, confirmando a parábola do sapo e do escorpião,....